Bem-vindo ao Agentes Transformadores

Graça e paz amigo! É um grande privilégio para mim receber sua visita em meu blog. Espero que você seja tremendamente abençoado ao ler as reflexões aqui presentes. Quando decidi criar este blog, a única intenção do meu coração fora de abençoar as pessoas, trazendo uma palavra de restauração, cura e renovo para aqueles que tem experimentado o sofrimento e não tem conseguido vencê-lo. O meu desejo é que você seja tocado por Deus, curado pelo Espírito e transformado no seu ser pelo poder do sangue de Jesus. Se quiser deixar uma mensagem, ficarei muito honrado em ouví-lo. Que o Senhor Deus derrame sobre a sua vida as mais ricas bênçãos, e seja assim também sobre sua família, em nome de Jesus! Amém. SEJA TAMBÉM UM DOS AGENTES TRANSFORMADORES DESTE MUNDO!

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Quem ama o perdido?

A Igreja moderna é a igreja das contradições. Prega o sonho da prosperidade, mas não dá pão ao faminto. Constrói suntuosos templos enquanto muitos não têm nem vestes para vestir. Enquanto alguns vão "adorar à Deus" superprotegidos nos seus carros luxuosos, importados, blindados e polidos, a grande maioria vai aos cultos apenas com o dinheiro do transporte para voltar para casa. Enquanto uns poucos, depois de terem "adorado à Deus", seguem para um restaurante onde se paga fortunas por punhados de comidas exóticas, alguns voltam para casa pensando o que vão comer no dia seguinte e até mesmo como vão dar o pão das suas crianças, dos próprios filhos. Enquanto alguns estão "preocupados" em como vão gastar suas somas de direito resultante das férias e 13º salário, outros estão preocupados em como vão conseguir pelo menos um punhado de farinha para que o seu corpo não se desfaleça naquele dia. Enquanto pomposos líderes evangélicos (e não líderes também) estão "descansando" nas suas sofisticadas mansões, casas de praia de valores milionários, dinheiro este que na grande maioria das vezes veio do doloroso labor das ovelhas do seu aprisco, muitos manos estão nas favelas mais miseráveis dos diversos rincões desse país, sob fogo cruzado da polícia, ameça de traficante e com a ordem de despejo na mão. Enquanto uma minoria evangélica viaja todo ano a Israel, Caribe, em fim, as tantas praias e litorais da vida, nas suas viagens internacionais caríssimas, uma grande maioria está na miséria, sem ter o dinheiro para se transportar de um lado de uma cidade para o outro. E tudo isto justificado pelo sofismado argumento que “Deus está lhe provando”, ou “você não está sendo fiel nos dízimos” ou “você tem que começar de baixo, como eu comecei...” como afirmava um conhecido pastor quanto um dos obreiros implorava por um aumento de salário. Ele líder de uma denominação muito conhecida vive fazendo suas viagens internacionais, com sua laborosa família, enquanto muitos dos seus pastores vivem do favor dos irmãos que vez por outra dão um “ranchinho” (linguagem amazonense para identificar alguns quilos de arroz e farinha, entre outros gêneros básicos do alimento) a fim de que este miserável pastor tenha o que comer com sua família, já que a igreja não pode pagar um salário (segundo o chefe-pastor desta igreja, o tal, que vive viajando) para o obreiro. Isto seria normal se fosse em qualquer instituição humana, empresa, em fim, no mundo laico, no capitalismo selvagem neocontemporâneo, mas no corpo de Cristo onde se prega abundantemente a igualdade, a ajuda mútua, o valor do próximo como se fosse de si mesmo isto chega a ser um absurdo.

Não que eu pense quem vive para o Reino não mereça descansar. Estes são os mais que merecem sim, porque grande obra fazem. Mas não podemos esquecer daqueles que estão diante de nós, sofrendo os revezes da vida e nós estamos fingindo que não vemos. Hoje, os líderes eclesiásticos (há muitas exceções) estão preocupados em receber dos que tem muito, ao ponto de terem esquecido dos que tem pouco ou mesmo coisa alguma. Parece que os valores da Igreja contemporânea são outros. A impressão que temos é que a Bíblia só serve para justificar os créditos e nunca para cumprir com os compromissos. Deve ser porque Jesus já pagou o preço lá na cruz! A igreja de Cristo tem de fato se preocupado com os pobres, com os famintos, com os desesperados, com os angustiados, com os doentes, com os mais fracos, com os perdidos? Pareço que estou vendo alguém dizer: “ah! esse foi o discurso de Judas!” Nem ligo. A igreja contemporânea é a igreja da inversão de valores, da contradição, do “meia boca”. Vive fitada na possibilidade do que pode ter, esquecendo ou abandonando o que deve ser e também o que deve dar. Os líderes modernos são treinados para conquistas e não para dar, servir. Não é à toa que o discurso “pulpiando” (aquele que se faz de cima dos púlpitos, de líder manipulador) tem sido: “Você deve ser um líder de multidões!” Só esquecem que uma multidão se começa com um, com aquele que está do lado, às vezes passando fome,e a gente está querendo dar oração. Os pastores estimulam o povo para o chamado toma-lá-dá-cá, porque é dando que se recebe. O discurso é “dê para Deus e Ele vai te dar”, e não dê para Deus porque Ele já te deu. Os princípios da Bíblia são usados convenientemente para o benefício próprio, e não para a construção de um mundo mais justo e mais igual. Isso sim é reino de Deus na terra. É respeito à vida, é ajuda ao próximo e valor ao homem independente da sua condição (financeira). Parece que estou vendo Jesus dizer: “não conseguem nem amar aos que estão do lado deles a ainda dizem que me amam...” Hipocrisia.

Duas coisas Jesus pregou abundantemente: A infinita superioridade de Deus, por isso Ele é digno de toda honra e adoração, não pelo que Ele faz, mas pelo que Ele é, e a absoluta igualdade de todos, devendo cada um só fazer e ser para o outro aquilo que deseja para si mesmo. Nessa crise de identidade que os cristãos vivem, se faz muita coisa “em nome do Evangelho” e “dizendo que é Evangelho”. Os megashows, os megaempresários e os megapregadores dominam o espaço nas suas ações multimilionárias, gastando uma dinheirama em eventos que mais parecem ventos, enquanto a fome aperta no estômago de milhares de desesperados. Alguém pode pensar: qual o sentido de tudo isso? Responderei: é o sentido de sermos Igreja, corpo de Cristo, noiva do Cordeiro. Como alguém pode afirmar que é Igreja se não se vive os princípios do Reino? Se é assim, se não vivemos tais princípios, ou seja, se não amparamos os que estão sofrendo, citando apenas um deles para fundamentar, não somos Igreja. Neste modelo, não somos nem associação religiosa ou instituição filantrópica. Devemos ser e viver Igreja servindo e dando e não para o benefício próprio. Muitas igrejas não estão cuidando mais nem daquilo que se entendia ser “o espiritual” do povo, já que não há mais adoração, nem oração, nem manifestação de Deus no templo. Muito menos podemos ser Igreja, organismo vivo de Deus na terra, vivendo um marasmo espiritual. Se não conseguirmos ser Igreja nem no templo, muito menos ainda no amor diário e na renúncia ao próprio eu. Miserável homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte? Dou graças a Deus que nos dá a vitória por meio de Jesus Cristo, plagiando Paulo. Se não fosse a graça de Deus, não seríamos nada, muito menos Igreja. Só pecadores perdidos, condenados ao inferno. Nem isso seríamos porque sem Ele nem sequer existiríamos. Mas porque Ele nos amou com muito amor e revelou sua Graça a nós, podemos dizer que somos dEle. E agora que achamos que somos alguma coisa, esquecemos da nossa chamada de ir e cuidar dos necessitados, seja de pão ou de salvação. Se não pudermos adorar a Deus e cuidar dos necessitados (de pão ou salvação digo de novo), esqueçamos o pensamento que estamos alegrando o coração do Pai.

Que nesse novo ano sua vida seja renovada, mas renovada não duma maquiagem e pintura das velhas, mas da troca do que é perverso pelo que é bondoso . Que o seu velho homem morra, e um novo, segundo a imagem e o amor de Cristo nasça no seu ser. Deus lhe abençoe, em nome de Jesus!

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