Faz muito tempo que não escrevo no meu blog. Agora são exatamente 03:00 da madrugada, chove, o clima está ótimo para dormir, mas ainda não consegui ir pra cama. O meu desejo é passar a noite acordado, aproveitando o tempo, a vida, a mim mesmo, a presença de meu Deus. Então decidi escrever. Espero que o sono não me vença. Gostaria de meditar um pouco sobre religião. É comum as pessoas confundirem, pensarem e chamarem (inclusive os cristãos) o Evangelho de religião. Não é. Evangelho é vida, é Cristo em nós. É Deus presente entre os homens e nos homens. Religião é regra, lei e hipocrisia que o homem criou para tentar voltar para Deus, uma vez que desde a queda tornou-se errante da presença do Altíssimo. A religião é uma tentativa uma de aproximação de Deus, de justificativa dos pecados e de sentimento de autocomiseração. O religioso nunca verá a Deus, porque condiciona a sua mente e o seu coração às suas práticas e rituais, e pensa que isto o levará ao Deus dos céus. Com o Evangelho não é assim. O que me leva até o Senhor da Vida não são minhas obras, meu seguir regras, minhas ações ritualísticas e legalistas. Mas é a invocação do divino através de um espírito quebrantado. Deus não está em regras, em rituais. Ele está no coração daqueles que se quebrantam humildemente diante dEle. E as regras? alguém pode perguntar. As regras de Deus são para aqueles que entenderam que o caminho de Deus é perfeito e que Sua palavra é poder. Não são para os que forjam atividades para dizer que é nisto que Deus está. Os princípios de Deus são para os corações libertos do egoísmo e da ganância, do querer agradar a Deus só para receber mais dEle. Muitos estão na igreja, até com boa fé, mas não estão vivendo o Evangelho. O Evangelho é o poder de Deus para a salvação dos que crêem. Essa é a chamada do Senhor para nós: viver o Evangelho! O Evangelho é o amor de Deus derramado em nós, proporcionando ao nosso ser o privilégio de retornar para Ele. Deus é amor, afirma o apóstolo.
Existem dois extremos antagônicos sobre a realidade humana: a religião e o liberalismo. Não quero ser religioso! Prefiro morrer. Morrer para mim é lucro. Depois de 21 anos de caminhada com Jesus, hoje sei que sou livre para servir, seguir, obedecer, amar, desejar, alegrar e me entregar todo dia e hora ao Senhor da minha vida! O religioso não faz isso. Ele fica “arranjando” modos de agradar a Deus. O outro extremo é o liberalismo. Esta outra face também é real. Porque se por um lado alguns estão acorrentados ao julgo da religião, por outro lado outros estão mergulhados num liberalismo descompromissado com a Verdade Eterna, a ponto de acreditar que o Senhor será conivente com os seus pecados por causa do Seu infinito amor e bondade. De Deus não se zomba, afirma a Palavra da Vida. Não podemos nos deixar confundir. Quero ser de Deus, sem a hipocrisia da religião, mas também sem o fingimento, do liberalismo pós-moderno em voga nos dias atuais, disfarçado de graça divina e de amor de Deus. Amarga ilusão. Não sou nem liberal, nem tradicional, procuro ser o que o Evangelho me ensina a ser. Procuro amar à maneira que o Evangelho me exorta, procuro ajudar ao outro nos moldes como o ele me encoraja, e também servir ao meu Senhor como ele me ensina. Procuro ser livre para meu Deus como o Evangelho me proporciona. Amo o Evangelho, vivo pelo Evangelho, sou totalmente do Evangelho porque o Evangelho é o próprio Jesus encarnado. O Evangelho é a presença de Deus entre os homens, manifestando a infinitude da glória, da grandeza e da pessoalidade divina revelada a nós, homens de pouca fé. Isso é Evangelho. É a Boas Novas dos céus presente entre os homens, para depois habitar nos homens.
Não quero religião, não quero regras, mas também não quero fingimento que sou de Deus, e assim não viver conforme Seu caráter. Religião é engodo, porque dá ao homem a falsa percepção de que ele pode, por si mesmo, alcançar alguma graça diante do Deus da Graça, e que também dá a Sua maravilhosa Graça. Também não quero um evangelho sem cruz, como alguns “correm atrás” por aí, nos ajuntamentos eclesiásticos que se autodenominam casa de Deus. Se é casa de Deus, quem manda é Ele. Mas não é isso que acontece. Na verdade são reinos de homens, travestidos de falsa piedade, mas que não desejam nada além da autopromoção e projeção pessoal. Hoje muitos têm apostatado da fé porque alguns tem ensinado uma vida com Deus sem a vida de Deus, ou seja, a santidade e o amor. Fora religião! Mas fora também liberalismo! Sou de Deus para viver as suas virtudes, mergulhado na Sua vontade e na Sua verdade! Que o Senhor nos ajude a viver no seu santo Evangelho. Só assim poderemos ser santos também. Amém. Deus te abençoe, hoje e sempre.
Um comentário:
Amém, Irmão!!
Que bela reflexão! Precisamos buscar verdadeiramente o Senhor, que é maior que qualquer religião!
Parabéns pelo blog!
Que Deus possa usá-lo a cada dia mais!
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