Ando muito indignado. Chateado mesmo. Alguém vem me dizer: espera no Senhor. Espero. Mas não folgo com a injustiça! Espero e descanso em Deus em todas as coisas, mas não consigo tolerar algumas almas tratantes. Jesus era assim. Ou não? Por acaso não derrubou a barraca dos comerciantes do templo?! Por acaso não se indignou várias vezes com os “donos da verdade”?! Na BÃblia está escrito tudo isso. Não estou acrescentando, nem tirando coisa alguma, muito menos interpretando os preceitos ao meu gosto. Por isso estou chateado sim e o direito é legÃtimo, ético, nobre e até espiritual. Mas não quero discutir teologia, hermenêutica ou qualquer outra coisa, quero apenas delatar a malignidade de alguns que andam travestidos de bondade.
Estamos vivendo mais uma crise na história da Igreja. A Igreja, os crentes, os evangélicos, os irmãos, muitos deles estão perdidos. E o que é pior, perdidos e achando que estão achados! Estou indignado com esse “outro evangelho” que está sendo pregado, e pior, vivido. Há tanta bobagem, meninice, malandragem, dominação, exploração, enganação mesmo no meio dos que se dizem cristãos que não posso deixar de me manifestar. Este tema, “O Evangelho Segundo os covardes (e os farsantes também)” vem num momento que muita gente acha que a gente (os crentes) está bem. Fala-se de o Brasil ser o maior paÃs Evangélico do mundo. Só se for em números, na categoria “crentes não praticantes”, igual a irreal e ilusória ideia que se convencionou no catolicismo romano. Existe muito lobo vestido de ovelha e hipócritas numa capa de piedade. Quer vê uma coisa: fala-se da prostituição, da idolatria, dos vÃcios, das festas praticadas pelos “mundanos”, mas não se denuncia a mentira, a avareza, a ganância, o egoÃsmo, o narcisismo, o orgulho, o não ao perdão, a não aceitação do próximo e a negação da ajuda aos necessitados, entre tantos outros horrÃveis males que a igreja evangélica desavergonhadamente fecha os olhos. Tem denominação evangélica que investe todos os seus recursos para construir grandiosos templos, a fim que seus lÃderes ganhem a honra durante toda a vida pela magnÃfica construição, enquanto seus obreiros passam fome nos rincões deste mundo, dando a vida pelo Evangelho. Nem mesmo recebem ao menos uma “ajuda de custo” para aliviar um pouco o fardo de ter que trabalhar secularmente e dedicar sua vida ao Reino. Construir templo é mais importante do que ser templo, gerar e cuidar dos templos vivos. E o que é pior, tudo isso ocorre debaixo de uma desfaçatez e de uma justificativa espiritualizada que até anjo torna-se humano, se comparado a estas figuras dominantes. Confundem função no Reino com hierarquia dominante, exploradora e opressora. Tô fora disso. Não quero nem saber desta enganação. E tem mais, na hora de exigir dinheiro dos fiéis, os mandamentos de Deus são válidos. Na hora de cumprir os preceitos, apelam para a relativização das coisas e o achismo interesseiro. Tolice idiota de quem acha que Deus é manipulável.
Muitas comunidades que se dizem cristãs vivem como uma bola de pingue-pongue (que esquisito essa palavra). Mas é isso mesmo. Uma hora ou para algumas coisas são religiosas demais. Num outro momento, vivem agarradas com o mundanismo e amarradas no liberalismo secularista. Hoje, adoradores são cantores, isso quando ainda não "viraram" estrela, atração. Pastores são celebridades, onde seus palcos (que deveriam ser altares) são verdadeiras salas de estar melhores do que a de muitos luxuosos hotéis. A sala de oração agora é camarim. Onde deveria haver instrospecção, meditação e entrega a Deus, há muita comida, refrigerante e gente tirando foto. E o “povo de Deus”? Ah, o povo de Deus parece que “adora” (até isso que era só pra Deus está esculhambado) ser manipulado. O povo vive uma pieguice sem tamanho. DesequilÃbrio emocional é caracterÃstica desta geração, entre outras anomalias. Frieza disfarçada de maturidadade é capa dos que se consideram mais crescido na fé. Tô cansado, tô cansando. Tem gente que detona pastor porque só fala em dinheiro, mas ele mesmo (o crente) nunca devolveu o dÃzimo para Deus. A sua oferta quase sempre é a menor nota do bolso, ou seja, a de dois reais. Isso quando não dá só as moedinhas que sobraram do troco do pão. Isso também quando não são tão escravizados por Mamon, a ponto de, no máximo do ridÃculo, meterem a mão no bolso só para disfarçar. Estes, preferem “investir” aquilo que cabe a Deus nas lanchonetes e restaurantes ou em compras nos shoppings, adquirindo mais e mais roupas novas (não estou falando da famosa banda de música, se bem que para alguns “não tem nada haver” ir num show desses que só fala de “amor”). Tá bom. Não vou nem discutir isso agora com você! Fica para a próxima.
Esse texto é direcionado sim para alguns, para aqueles que acham que estão abafando, que “entendem” melhor as coisas de Deus do que os outros. Muitos destes, pertencem a igreja dos sem igreja. Estes são os que dizem que não precisam de igreja para serem igreja. Entendeu? Nem eu. É bom não precisar de igreja porque não há a necessidade do comprometimento, do compartilhar a fé, do testemunho, da adoração coletiva, do partilhar aquilo que tem (inclusive o precioso dinheiro). Assim é muito bom não “ter igreja”. Os que vivem assim na verdade nem tem, muito menos são Igreja. Não entendem nada de corpo de Cristo, de comunhão, de amor mútuo dentro da comunidade de Deus. Como existem covardes e farsantes no Reino de Deus! Ainda bem que Ele sabe separar o joio do trigo, queimar um e aproveitar o outro. Quero ser trigo, me ajuda Senhor! Por hoje cansei, me chateei comigo mesmo, com minha reclamação. Ainda quero escrever mais sobre isso. Por enquanto vou orar. Depois escrevo mais, se Deus me permitir. Quanto a você, só permaneça fiel ao Eterno e você terá guardado no céu o eterno bom tesouro que Ele preparou para você antes da fundação do mundo. Deus te abençoe ricamente em nome de Jesus.
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